Acabou o home office? Boas práticas de segurança para adotar no escritório
A pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV2) obrigou as empresas brasileiras a adotar um modelo de trabalho que era raro por aqui, mas relativamente comum especialmente em países mais avançados — o famoso home office. Pela primeira vez na história, milhões de profissionais brasileiros entenderam como é executar suas tarefas profissionais em sua própria casa, tendo a responsabilidade de manter a correta postura perante as demandas cotidianas mesmo com as seduções de “descansar um pouquinho no sofá” ou “ficar na cama”.
De qualquer forma, para muitos, esse período já está virando passado. Embora muitas empresas tenham percebido diversas vantagens no trabalho remoto (como corte de custos com locação e manutenção de espaço físico, além de maior produtividade da equipe), com a redução no número de casos de COVID-19, outras companhias decidiram adotar um formato híbrido ou até mesmo convocar todo o seu time para trabalhar de volta ao escritório. Se este é o seu caso, lhe perguntamos: você se lembra (ou sabe, caso tenha iniciado sua carreira profissional no home office) como se proteger nesse ambiente?
Psiu… Informações confidenciais sendo trocadas
Quando o ambiente muda, as ameaças também mudam. E, por isso, é importante que aqueles que trabalhavam no escritório antes da pandemia relembrem algumas peculiaridades desse ambiente e aqueles que jamais pisaram em um estabelecimento em suas carreiras aprendam sobre elas. E a primeira palavra da lei é tomar o devido cuidado com aquilo que é conversado a respeito de projetos e atividades profissionais — as tão famosas “conversas de elevador”.
Trata-se de algo especialmente perigoso se o escritório em questão for dentro de um coworking: você tem várias outras empresas trabalhando no mesmo perímetro, e, muitas vezes, dividindo espaços comuns como copa, terraço e áreas de lazer. Não há problema algum em realizar uma reunião informal com seus colegas nessas localidades, mas atente-se ao volume da conversa para que bisbilhoteiros não possam ouvir sobre planos sensíveis sobre os quais a sua equipe esteja trabalhando; afinal, nunca se sabe quando o indivíduo ao lado é um concorrente seu.
A política de mesa limpa, no trabalho presencial, ganha mais importância do que nunca. Justamente por não termos controle sobre eventuais terceiros que possam adentrar no recinto, evite ao máximo deixar papéis espalhados, relatórios abandonados e post-its com informações importantes por aí. Outro pecado cabal que muitos cometem (especialmente em coworkings) é se afastar de seu posto de trabalho com o notebook ou computador desbloqueado. Aliás, caso use um laptop, leve-o contigo. Além do acesso indevido, quem lhe garantirá que alguém não vai conectar um dispositivo USB malicioso à sua máquina?
Ambiente físico, riscos físicos
Por fim, outra dica de ouro para coworkings (que estão se popularizando sobretudo entre as startups por serem mais baratos) é tomar cuidado com as redes Wi-Fi às quais você se conecta. A rede oficial do estabelecimento é tão insegura quanto a de um café ou biblioteca — qualquer criminoso consegue interceptar seus dados. Use apenas o hotspot oficial da sua empresa, que certamente estará devidamente configurado e com as camadas de segurança adequadas para evitar quaisquer tipos de problemas.
Trabalhar em um escritório pode lhe trazer a falsa impressão de que você está mais protegido do que em casa. Ledo engano. O ambiente físico também está sujeito a ameaças físicas e engenharia social física — como alguém se passando por um prestador de serviços, com uma credencial falsa, para acessar o interior do prédio e coletar informações de um notebook desbloqueado ou relatórios sigilosos abandonados na bandeja de impressão. Se você for retornar ao trabalho presencial, lembre-se dessas ameaças para evitar dores de cabeça.