Alerta! Criminosos se passam pelo INSS e aplicam golpes de “prova de vida”
Com o objetivo de facilitar a vida dos cidadãos brasileiros e controlar os reflexos da pandemia da COVID-19, o governo sancionou novas regras para o funcionamento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Até 2020, o processo de comprovação de vida exigia que o beneficiário fosse pessoalmente a uma agência bancária com seus documentos em mãos. Devido à pandemia, porém, no mesmo ano, já passou a ser possível fazer a prova de vida sem sair de casa, por biometria facial através do app Meu INSS.
Em fevereiro de 2022, no entanto, a obrigatoriedade da comprovação foi suspensa até o final do mencionado ano, o que significa que aposentados, pensionistas e outros beneficiários dos programas de auxílio social da instituição não serão prejudicados caso não façam a prova de vida
Isso porque, a partir de 2023, a responsabilidade de fazer a prova de vida passará a ser do INSS. O órgão fará um cruzamento de diversas informações a partir de vários bancos de dados do governo, como consultas ao SUS, votação em eleições, declarações de Imposto de Renda, realização de empréstimos consignados, entre outros, para definir se aquele cidadão está apto a receber o auxílio. A instituição apenas exige a prova de vida por meio eletrônico caso não encontre nenhum registro que comprove que a pessoa está viva.
Essas mudanças visam reduzir o número de fraudes no sistema de seguridade social do Governo Federal, uma vez que era comum encontrar pessoas se passando por terceiros já falecidos para receber, por exemplo, aposentadoria e até auxílio-doença. Porém, o próprio órgão alerta que criminosos cibernéticos estão se aproveitando dessas mudanças de regras para enganar internautas desatentos.
Como o golpe funciona
Na maioria das vezes, os golpistas abordam as vítimas por WhatsApp, mensagens de texto (SMS), e-mail ou até mesmo telefonemas, apresentando-se como representantes da Previdência Social. Geralmente, as vítimas são pessoas cujos dados pessoais básicos (nome completo, data de nascimento, entre outros) já foram expostos em outros vazamentos de dados, o que facilita bastante a vida dos meliantes na hora de “filtrar” as suas vítimas — que, grande parte das vezes, são os idosos.
Uma vez estabelecido o contato, o golpista tenta conquistar a confiança da vítima ao confirmar os dados pessoais vazados que ele já possui e, em seguida, solicita que o usuário envie fotos dos documentos para finalizar o processo de prova de vida. Com os documentos em mãos, os cibercriminosos conseguem falsificar a identidade digital do beneficiário com facilidade, conseguindo até mesmo realizar empréstimos e financiamentos em nome da vítima.
Como não ser uma vítima?
Primeiramente, vale a pena ressaltar que o próprio INSS declara não fazer ligações para entrar em contato com seus beneficiários e realizar a prova de vida. O órgão também alerta que jamais envia links por mensagens de texto. Vale lembrar que o número oficial de comunicação via mensagens de texto é 280-41; ignore qualquer outro contato. Além disso, o instituto ressalta que jamais solicita o envio de documentos de forma digital. Mesmo quando a prova de vida manual era necessária, o beneficiário precisava apresentá-los de forma presencial!
Por isso, fica o alerta: caso perceba que esteja sendo vítima de uma tentativa de golpe, desligue a ligação, bloqueie o contato e ignore totalmente mensagens de texto suspeitas. Na dúvida, entre em contato com o INSS através dos canais oficiais do órgão, como pelo número de telefone 135 ou pela plataforma/aplicativo Meu INSS, disponível tanto para celulares Android quanto para dispositivos iOS.
Por fim, caso você acredite que já tenha caído em um golpe ou conheça alguém que possa ter sido uma vítima, a orientação é registrar imediatamente um boletim de ocorrência e acionar tanto o INSS pelo telefone 135 quanto a instituição bancária responsável pelo pagamento do benefício.