Black Friday: cuidado com a temporada de golpes e fraudes!
Venhamos e convenhamos — a Black Friday, por si só, não possui uma boa reputação aqui no Brasil. Infelizmente, a data de origem estadunidense ficou famosa por aqui, a priori, por conta das lojas virtuais que praticam o clássico “tudo pela metade do dobro” — ou seja, inflacionam os preços dos produtos dias antes do grande dia para simular promoções imperdíveis. Este, porém, se tornou o menor dos problemas depois que o cibercrime percebeu que também poderia lucrar com tal época do ano.
De acordo com um levantamento realizado pela PSafe em 2019, foram identificados 1,6 mil perfis falsos e golpes no Brasil que teriam alcançado um total de 45 mil internautas. Ademais, também foi constatado que um em cada seis brasileiros já teve seu cartão de crédito clonado durante a Black Friday. Muitos especialistas já apontam a data como o “Natal do cibercrime”, devido à facilidade com a qual os meliantes conseguem aplicar fraudes, seja para roubar dados alheios ou receber pagamentos diretamente.
Afinal, golpes cibernéticos dependem, na maioria das vezes, da engenharia social — e na Black Friday, torna-se ainda mais fácil do que nunca manipular os sentimentos da vítima. As pessoas estão naturalmente desesperadas para não perder ofertas, acreditando com maior facilidade em tudo o que elas encontram na web. Isso inclui lojas virtuais falsas e/ou não-confiáveis, tal como campanhas de phishing que abusam da identidade visual de grandes varejistas para roubar informações financeiras e pessoais.
Dicas de proteção
Tal como qualquer outra ameaça cibernética baseada em engenharia social, é possível se proteger dos golpes da Black Friday ao simplesmente respirar fundo e pensar duas vezes antes de realizar uma ação. A pressa de “comprar antes que acabe”, tal como o anseio de “pagar o menor preço” podem ser tudo o que um golpista precisa para ter sucesso em te enganar e causar muitas dores de cabeça posteriormente. Aqui vão algumas dicas básicas que você pode seguir:
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Planejar-se antecipadamente: sabemos que a tentação de sair comprando tudo o que estiver barato é grande. Porém, fazer um planejamento prévio e listar aquilo que você realmente se interesse em adquirir pode facilitar a sua vida na hora de buscar lojas confiáveis;
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Cuidado com e-mails: é natural que as lojas virtuais disparem email marketing com suas promoções. Porém, jamais clique em um link diretamente da mensagem recebida — prefira visitar manualmente o site em questão e encontre o produto anunciado por lá, evitando um possível phishing;
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Atenção redobrada às redes sociais: tal como o e-mail, as redes sociais e mensageiros instantâneos podem se tornar locais hostis na Black Friday, com anúncios maliciosos e correntes que o levam para lojas falsas. Ignore-os e ajude seus familiares e amigos a se protegerem também;
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Pesquise bem sobre a loja: faça um check sobre a reputação da loja antes de fechar negócio. Procure reclamações na internet, em comunidades específicas e em plataformas como o Reclame Aqui;
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Cuidado com as formas de pagamento: o Pix e o boleto são práticos, mas impossíveis de rastrear e reaver seu dinheiro no caso de um golpe. Use cartões de crédito — preferencialmente um virtual criado especificamente para tal compra, algo possível na maioria dos bancos atualmente —, facilitando um eventual estorno.
Sem golpes e sem apertos
Vale observar que, além de te livrar dos golpes cibernéticos, também podem garantir a sua saúde financeira. Afinal, não é difícil encontrar quem perca o controle durante a Black Friday e compre mais do que deveria, arrependendo-se depois quando as contas chegam. Ter calma, planejamento e controle emocional é algo crucial para você tomar decisões bem-acertadas e ainda sufocar o mercado do crime cibernético.