Brasil foi vítima de mais de 3,2 bilhões de tentativas de ciberataques durante no primeiro trimestre do ano
Só no primeiro trimestre de 2021, o Brasil sofreu mais de 3,2 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, identificou uma pesquisa realizada pela Fortinet, uma desenvolvedora de soluções de segurança da informação, com sede nos Estados Unidos. Segundo o relatório “Threat Intelligence Insider”, o Brasil lidera o ranking da América Latina, que somou 7 bilhões de tentativas nesse período.
O estudo foi realizado por pesquisadores do FortiGuard Labs, laboratório de inteligência de ameaças da empresa, que coleta e analisa incidentes de segurança cibernética diariamente em todo o mundo. Como informam os pesquisadores, em janeiro, fevereiro e março deste ano, houve um aumento significativo na distribuição de malwares via web. Também foi identificado que o aumento da distribuição de malwares é um reflexo do aumento de uso de redes sociais para a disseminação e prática desse crime.
Alexandre Bonatti, diretor de engenharia da Fortinet Brasil explica que essa distribuição de malwares via web começa com campanhas de phishing que possuem métodos de propagação automática, através de contatos de aplicativos de mensagens instantâneas e de redes sociais, como WhatsApp, Facebook ou Instagram.
“Se as pessoas que receberem as mensagens clicarem em um desses anúncios – que oferecem prêmios atraentes, por exemplo –, elas serão redirecionadas para a página de destino do kit de exploração, onde é baixado um malware que cria pop-ups ou anúncios com código malicioso oculto para espalhar e exfiltrar informações”, explica Bonatti.
Outro dado identificado no estudo da Fortinet é que, durante o primeiro trimestre, houve diversas tentativas de execução de código remoto a roteadores e redes domésticas, o que mostra que cibercriminosos estão cada vez mais interessados nos profissionais que estão trabalhando de casa, remotamente.
“Quando as organizações implementam o trabalho remoto em escala, os cibercriminosos aproveitam a oportunidade para explorar as numerosas vulnerabilidades de segurança que surgem”, conclui Bonatti.