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Brasil, o país do cibercrime? Um panorama do cenário

O Brasil está entre os países mais afetados pelo cibercrime no mundo; conheça algumas estatísticas e entenda por que se importar com a segurança da informação é mais importante do que nunca.

O Brasil está entre os países mais afetados pelo cibercrime no mundo. Segundo estimativas da McAffee, o crime cibernético causou um prejuízo de US$ 22,5 bilhões ao país apenas em 2022. É, e esses ataques não se restringem apenas às pessoas. Cada dia mais, os ataques direcionados a empresas crescem exponencialmente.

Cibercrime no Brasil: o que mais afeta os indivíduos?

Os ataques cibernéticos representam riscos significativos para a segurança e privacidade das pessoas no Brasil. O roubo de contas foi identificado como o tipo mais comum de fraude digital, respondendo por 72% das fraudes no país em 2022. 

Isso significa que a cada minuto, uma nova conta é extraviada. Os estelionatários recorrem a dados vazados, chips clonados e técnicas de engenharia social, como links e e-mails falsos, para obter informações de acesso das vítimas. 

Além do roubo de contas, outros riscos muito comuns incluem roubo de identidade, fraude financeira, invasão de privacidade e extorsão. Os golpes podem ocorrer em diferentes etapas, desde a criação de contas falsas até a realização de transações fraudulentas. 

Especialistas apontam que uma das razões pelas quais as pessoas se tornam mais vulneráveis a golpes é a  falta de conscientização em segurança da informação — o que pode levá-las, por exemplo, a expor dados sensíveis e cair em golpes mais facilmente. 

Os principais riscos do cibercrime para as empresas

No contexto empresarial, as ameaças cibernéticas também são preocupantes. As empresas brasileiras enfrentam um número crescente de tentativas de ataques cibernéticos, colocando em risco dados confidenciais, prestação adequada de serviços, propriedade intelectual e sua própria reputação. 

Só no primeiro semestre de 2022, foram registradas 31,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos a empresas – aumento de 94% em comparação com o primeiro semestre de 2021. São Paulo é o estado mais afetado, concentrando 37,68% do total de registros de fraudes. 

Uma realidade preocupante é: as empresas brasileiras têm um baixo investimento em cibersegurança, destinando apenas 10% de seus investimentos em tecnologia para essa área, em comparação com os 25% a 30% de outros países.

Essa disparidade revela a falta de prioridade dada à segurança da informação, e, em especial, à conscientização dos colaboradores com relação aos riscos cibernéticos para as empresas. 

O investimento em treinamentos voltados especificamente à conscientizção dos colaboradores é fundamental para proteger as empresas contra ataques, já que cerca de 90% dos ataques cibernéticos contra empresas visam pessoas, e não sistemas de TI e de segurança cibernética. 

A Importância da conscientização em segurança da informação

Diante desse cenário crítico, a conscientização em segurança da informação surge como uma medida fundamental para enfrentar o cibercrime no Brasil. A falta de conhecimento sobre os riscos e sobre as boas práticas de segurança contribui para a vulnerabilidade tanto de pessoas quanto de empresas. 

É essencial educar a todos sobre a importância de proteger suas informações pessoais, utilizar senhas fortes, evitar o compartilhamento desnecessário de dados e estar atento a atividades suspeitas. E isso não somos apenas nós quem dizemos, mas, também, o Decreto Nº 10.222, que aprovou a Estratégia Nacional de Segurança Cibernética (E-Ciber):

“Dessa forma, recomenda-se desenvolver uma cultura de segurança cibernética, por meio da educação, que alcance todos os setores da sociedade e níveis de ensino, a fim de prevenir incidentes e proporcionar o uso responsável das tecnologias, por ser um dos fatores chaves para o desenvolvimento do País.” 

No âmbito empresarial, é necessário investir em treinamentos e capacitação para os colaboradores e implementar políticas de segurança eficazes. É fundamental que as empresas brasileiras reconheçam a importância de manter os colaboradores atualizados com relação às boas práticas de cibersegurança:

“Dessa forma, é importante que as organizações, públicas ou privadas, estabeleçam políticas e procedimentos de segurança cibernética que sejam periodicamente revisados, atendam à evolução tecnológica, ao aperfeiçoamento de processos e à necessidade de capacitação contínua e estruturada para todos os colaboradores, por meio de programas de capacitação e de treinamento.”

Conclusão

O Brasil enfrenta um cenário crítico de cibercrime, com um aumento alarmante no número de ataques cibernéticos direcionados a pessoas e empresas. A baixa maturidade da conscientização em segurança da informação, aliada ao baixo investimento em cibersegurança, contribui para a vulnerabilidade do país a essas ameaças. 

A conscientização é o caminho para enfrentar o cibercrime e proteger nossas informações e infraestruturas digitais. Somente através dela e da união de esforços entre Estado, setor privado e sociedade, é possível construir um ambiente digital mais seguro e resiliente para o Brasil. 

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Produção: Equipe de Conteúdo da Perallis Security