Fake news: conheça 5 perigos que notícias falsas podem trazer

Podemos considerar dispensável a explicação do termo “fake news” — ele está na boca do povo já faz um bom tempo e virou até mesmo motivo de discussão nas redes sociais e rodas de bar. Basicamente, estamos nos referindo às notícias falsas que são disseminadas na internet com o objetivo de espalhar desinformação e influenciar cidadãos a respeito de um tema que costuma ser de alta relevância. Muitas vezes, uma única pessoa cria uma notícia falsa e ela acaba sendo espalhada de forma viral.

Na teoria, todos nós sabemos que fake news são prejudiciais. A maioria das redes sociais já implementou mecanismos para impedir que elas se espalhem, incluindo o uso de inteligência artificial e até mesmo equipes de profissionais especializadas em checar se aquilo que está sendo compartilhado é real. Ainda assim, é cada vez mais difícil controlar a sua disseminação em outras mídias, como podcasts e conteúdos hospedados em plataformas de compartilhamento de vídeos.

Mas… e na prática? Você conhece os reais impactos e perigos que a desinformação pode simbolizar na sua vida e na de seus familiares? Listamos alguns exemplos para que você possa ter uma visão mais abrangente sobre o assunto e ajude a combater esse tipo de perigo.

1) Perigos à sua segurança digital

Que atire a primeira pedra quem nunca se deparou com mensagens falando sobre uma nova versão premium do WhatsApp ou um eventual bloqueio no Facebook, no qual o internauta precisaria colocar suas credenciais em uma página específica para voltar a obter acesso. Esse tipo de desinformação nada mais é do que um golpe de engenharia social disfarçado como uma notícia de utilidade pública, geralmente como uma forma de disseminar malwares ou roubar logins de internautas desavisados.

Dessa forma, podemos considerar que há fake news que, sim, podem representar riscos reais à sua segurança no mundo digital, pois são elaboradas por criminosos cibernéticos e acabam sendo repassadas na forma de corrente.

2) Perigos à sua saúde

Desde que os imunizantes contra a COVID-19 começaram a ser distribuídos, muitos conteúdos que influenciam a população a não se vacinar foram compartilhados, alegando que os fármacos teoricamente teriam substâncias nocivas ao corpo humano. Até mesmo teorias da conspiração entram no meio da história, surgindo debates sobre planos de controle mundial.

No entanto, esse problema não teve início apenas durante pandemia do coronavírus. Há algum tempo, devido à disseminação de notícias falsas, o Brasil presenciou uma queda nos índices de cobertura vacinal contra o sarampo e a poliomielite em crianças. Com isso, houve um aumento significativo no número de casos dessas doenças, que eram consideradas praticamente erradicadas em território nacional. 

3) Perigos à integridade física 

Ao longo dos últimos anos, diversos cidadãos inocentes foram apontados como criminosos procurados por autoridades policiais. Seja por terem o nome ou a fisionomia parecida com a do verdadeiro transgressor, essas pessoas tiveram seus dados pessoais expostos e foram literalmente caçadas por quem desejava fazer justiça com as próprias mãos.

Em alguns casos, quando as vítimas conseguem provar a sua inocência, já é tarde demais: há casos de inocentes linchados e até mesmo mortos por multidões furiosas, convencidas de que estavam frente a frente com o real criminoso. Muitas entidades policiais já emitiram alertas com relação aos perigos das notícias falsas nesse contexto.

4) Perigos às suas finanças

A população brasileira nunca esteve tão engajada com assuntos relacionados a investimentos e finanças — o que pode ser um reflexo da desafiadora situação econômica na qual o país se encontra. Por um lado, esse interesse é muito bom. Por outro, é tudo o que os criadores de desinformação precisavam para disseminar notícias falsas a respeito de novas oportunidades de ganhar dinheiro.

Especialmente quando falamos sobre as tão polêmicas criptomoedas, vemos que falsas previsões, falsas ofertas públicas de moedas e falsos esquemas de lucratividade automatizados estão se tornando cada vez mais comuns. Vale a pena não ir com tanta sede ao pote e procurar informações em fontes confiáveis.

5) Perigos à cidadania

Por fim, sem entrar a fundo em questões políticas, é de conhecimento popular que grande parte das fake news diz respeito a opiniões partidárias. Informações falsas sobre candidato X ou partido Y são compartilhadas livremente pelas redes sociais e sempre viralizam pelas mãos — ou melhor, pelos cliques — de apoiadores do lado contrário. Não é à toa que as entidades governamentais estão se preparando para mitigar a desinformação em época de eleições presidenciais.

A pesquisa é a melhor solução!

Como você pôde observar, as fake news são prejudiciais à segurança como um todo, não apenas no âmbito cibernético, mas também nas esferas pessoal e social. Assim, é muito importante que todos nós façamos a nossa parte para evitar a disseminação de notícias falsas. Antes de compartilhar uma matéria, avalie com cuidado a procedência da informação e, de preferência, confirme a veracidade do conteúdo em fontes confiáveis. Acesse sites de checagem de fatos e, na dúvida, não compartilhe! Dessa forma, estaremos construindo uma nação muito mais segura para todos!