O Pix chegou, mas… Como usá-lo com segurança?
No comecinho do mês de novembro, os brasileiros ganharam um “presente” do Banco Central do Brasil (Bacen): o sistema Pix finalmente começou a funcionar. Revolucionário no sistema financeiro global, esse novo método de pagamentos chamou atenção por ser totalmente digital e por possibilitar a transferência de valores 24 horas por dia, sete dias por semana, de forma praticamente instantânea e sem taxas ao consumidor final.
Em comparação aos já retrógrados TED e DOC (que possuem horários limite para transferência e podem demorar até um dia inteiro para que o montante caia na conta do beneficiário), a proposta do Pix deixou muita gente de queixo caído. Em poucos dias após a inauguração do sistema, milhões de internautas já estavam utilizando a nova plataforma para enviar e receber dinheiro.
Obviamente, nem tudo são flores. Embora o Pix tenha sido desenhado ao lado de especialistas em segurança cibernética para que ele seja o mais confiável possível, sua estreia acabou criando uma série de ameaças digitais que todo internauta precisa levar em consideração ao usufruir de seus benefícios. Os primeiros riscos, naturalmente, são as campanhas de phishing.
A clássica pescaria
Para usar o Pix, o correntista precisa fazer um cadastro adicional para registrar suas chaves — a “informação” que o pagador precisa para te identificar no sistema e realizar a transferência. Nas semanas em que a plataforma foi lançada, especialistas alertaram para uma grande onda de e-mails falsos tentando roubar informações sensíveis de internautas usando a novidade como isca.
Os golpistas elaboram e-mails que se assemelham aos originais enviados pelas instituições bancárias e incentivam a vítima a fazer o tal cadastro; na verdade, ao clicar no link oferecido, você acaba indo para uma página falsa que vai capturar dados como conta bancária, agência, senha e informações cadastrais. Isto posto, jamais confie em e-mails estranhos a respeito do Pix; sempre acesse o app oficial de seu banco para usar o sistema.
Olha a privacidade!
O Pix permite que você cadastre diversas informações como chaves de identificação, como: CPF, Telefone ou e-mail do correntista. Embora possa parecer muito prático, você tem outra alternativa à sua disposição: chaves temporárias, que são códigos alfanuméricos que podem ser criados e excluídos à vontade.
De olho nas fraudes
Porém, se o cadastramento de chaves aleatórias é um benefício para proteger a sua privacidade, ele também pode virar uma arma nas mãos dos criminosos. Da mesma forma que, hoje em dia, você já pode receber um boleto falso por e-mail, também vai se tornar comum vermos golpistas personificando grandes marcas e usando chaves aleatórias para receber pagamentos de internautas desatentos.
Fique de olho! Ao informar a chave Pix, o próprio sistema retorna algumas informações do beneficiário da transferência, incluindo nome completo. Se você ia fazer um suposto pagamento para sua operadora de Internet, desconfie caso, ao informar a chave, o aplicativo diga que seu dinheiro será transferido para o João José da Silva. É um golpe!
Use sem moderação, mas com cuidado!
O Pix é um sistema maravilhoso e que veio para facilitar a vida de todos os brasileiros, especialmente em momentos de crise econômica — com o comércio eletrônico esquentando, era necessário um método de pagamento que fosse instantâneo, prático e confiável. Porém, lembre-se que, na internet, nada é 100% confiável e os golpistas cibernéticos sempre encontram métodos criativos para enganar os desavisados. Fique sempre atento e ajude os Hacker Rangers a deter esses criminosos!
Produção: Equipe de Conteúdo Perallis Security