Perigos digitais que ameaçam crianças e adolescentes: quais são e como evitar?
De uma forma metafórica, podemos afirmar que a internet é como uma praça pública à qual todos podem ter acesso. O problema é que, infelizmente, isso significa que pessoas mal-intencionadas também podem circular por ela.
Quando tratamos de perigos online, alguns dos públicos mais vulneráveis são, sem dúvidas, as crianças e adolescentes. Em um mundo cada dia mais digital, é fundamental que eles comecem, desde cedo, a aprender que essa facilidade também acarreta alguns riscos.
Os perigos à espreita
Confira alguns riscos aos quais crianças e adolescentes estão sujeitos enquanto navegam na internet!
Contato com desconhecidos
É bem verdade que poder se comunicar com o mundo todo é um dos grandes benefícios da internet. No entanto, isso também significa que os pequenos podem acabar entrando em contato ou se tornando alvos de indivíduos mal-intencionados em redes sociais, aplicativos de conversa ou jogos online.
Não é difícil que cibercriminosos se passem por pessoas mais jovens, simulando ser alguém com gostos e interesses semelhantes aos de crianças e adolescentes, para conquistar mais facilmente a confiança das vítimas. Os perigos que espreitam são inúmeros: além do potencial roubo de informações pessoais, os jovens podem ser induzidos a participar de atividades perigosas, podem se tornar alvos de abuso ou exploração, e enfrentar uma série de ameaças à sua segurança física e emocional.
Explique à criança com a qual você convive que, assim como na rua, ela não pode confiar em estranhos na internet. Ensine-os a nunca compartilhar nenhum tipo de informação, como o nome dos pais ou a cidade onde moram, e esteja sempre atento a quem a criança ou adolescente anda se comunicando online.
Exposição a conteúdo inadequado
É natural que a internet nos dê a sensação de que podemos consumir absolutamente qualquer coisa. No entanto, assim como filmes e programas de TV, os conteúdos disponíveis em plataformas de streaming ou em jogos online, por exemplo, também possuem classificação etária.
Na verdade, até mesmo a grande maioria das plataformas sociais exigem uma idade mínima para que o cadastro seja concluído. Afinal, nem tudo que está na internet é adequado para crianças e adolescentes. Eles podem se deparar com conteúdo visual, como imagens e vídeos, ou com textos que contenham violência, teor sexual ou que incentivem comportamentos perigosos.
Sempre pesquise qual faixa etária é apropriada para os conteúdos que estão sendo consumidos pela criança do seu convívio. Isso assegura que elas não sejam expostas a materiais inadequados.
Lembre-se de que você também pode usar apps ou configurações de controle parental para restringir os conteúdos exibidos nos mecanismos de busca em smartphones e laptops.
Phishing e malware
De maneira geral, crianças e adolescentes estão mais vulneráveis a ataques de criminosos cibernéticos. Isso se deve, em parte, à inexperiência e à tendência de confiar mais facilmente nas pessoas.
Essa propensão é um prato cheio para criminosos que usam técnicas de phishing para roubar informações confidenciais ou propagar vírus. Links maliciosos podem ser prontamente enviados via WhatsApp, inseridos nas descrições de vídeos ou mesmo compartilhados nos chats de jogos.
Geralmente, os cibercriminosos prometem que aquele é um método gratuito de instalar um certo app pago, oferecem benefícios ou recompensas no game em questão e, em alguns casos, apresentam oportunidades fictícias de ganhos financeiros.
E, especialmente nesse caso, para se proteger e driblar essas ameaças, não tem defesa melhor do que a educação em cibersegurança!
Educação em cibersegurança para crianças e jovens
Ensinar as crianças e adolescentes a se proteger na internet é um papel que precisa ser colocado em prática o quanto antes por pais, educadores e responsáveis. Para iniciar essa conversa, o mais importante é abordar os temas de forma clara, didática e adequada à faixa etária.
Explique à criança ou ao adolescente que existem diferentes perigos no mundo digital, e que é preciso ter cuidado com pessoas com quem ela conversa e com as informações que ela compartilha.
Reforce que certas coisas não podem ser partilhadas com pessoas da internet: senhas, endereço pessoal, número de telefone ou número do cartão de crédito. Sempre que possível, use exemplos de situações reais para ilustrar os riscos, facilitando a compreensão das crianças.
Por último, é essencial que você permaneça antenado aos perigos e às soluções em cibersegurança. Ao se manter informado, você pode oferecer a orientação necessária às crianças e adolescentes, estando sempre preparado para reconhecer e enfrentar situações de perigo.